23 de outubro de 2013

Primeiros passos para usar o Google Analytics

Por diversas vezes fui questionado por pequenos lojistas e profissionais que estão começando a trabalhar com e-commerce sobre como extrair diferentes métricas além do número de visitantes e da taxa de conversão da loja virtual.
Obviamente, o primeiro passo é instalar a tag do GA em todas as páginas da loja e fazer a configuração correta no Analytics informando que se trata de um comércio eletrônico.
Também é importante destacar que toda configuração que é feita no GA não tem efeito retroativo, ou seja, as novas regras passarão a valer a partir do momento da configuração, por isso é sempre importante criar um perfil de backup sem filtros pra que, caso ocorra algum erro de configuração no perfil base, nenhum dado deixe de ser coletado. Lembrando que todo perfil criado precisa ser configurado novamente, sendo assim, você deverá marcar como comércio eletrônico novamente em cada novo perfil criado.
Com o Analytics devidamente configurado basta seguir os passos abaixo pra tirar maior proveito dos recursos que a ferramenta oferece.



1. Configuração do Funil de Conversão

É extremamente importante configurar uma meta e estabelecer o funil para o alcance da meta principalmente nos passos de checkout. Sem esse funil, não é possível entender em qual etapa os clientes sentem dificuldade pra concluir a compra, ou se há algum link que esteja funcionando como rota de fuga.
Além disso, é possível saber se o seu cliente costuma voltar nos passos do checkout e também pra onde eles vão após abandonarem o carrinho de compras.
Com a análise do funil de conversão fica muito mais fácil estabelecer prioridades no tratamento dos passos do checkout e descobrir falhas que sempre passam despercebidas por quem está mais envolvido com a loja.

2. Filtro por IP

Principalmente para os casos das lojas com baixo volume de visitas, os acessos realizados pelos próprios envolvidos com a operação podem atrapalhar bastante na percepção real do que acontece na loja. Por exemplo, as compras de teste que são realizadas são contabilizadas afetando o número de transações, ticket médio, quantidade de pageviews, o tempo médio gasto por visitante, percentual de visitantes recorrentes, número de acessos diretos, enfim. Todas as métricas importantes acabam ficando maior jogando a conversão da loja pra baixo.
Isso pode ser facilmente solucionado configurando filtros de acesso. A forma mais fácil de fazer esse filtro é cadastrar o número do IP fixo da sua rede e excluir dos relatórios todo acesso originado daquele IP. Caso você não tenha um IP fixo, há diversas outras formas pra excluir estes acessos dos relatórios, basta escolher a melhor para o seu caso.
Com dados mais precisos fica mais fácil tomar decisões corretas.

3. Conversão por navegador

É sempre bom ficar de olho na taxa de conversão dos usuários de acordo com o navegador que eles utilizam, principalmente após qualquer alteração no layout da loja.
É muito comum acontecerem erros como, por exemplo, sumiço de botões apenas em determinado navegador tornando a compra impossível de ser concluída.
Outros erros como problemas na montagem do layout, carregamento, funcionalidades, etc também podem acontecer em diferentes navegadores, sendo assim, desconfie de navegadores que estejam convertendo muito pouco em comparação com os demais.

4. Anotações

Este é mais um hábito que precisa ser adotado do que uma dica.
Muitos lojistas analisam métricas e confiam apenas na memória pra saber a data que alguma coisa foi alterada na loja, ou que alguma ação de marketing foi iniciada.
Quando se tem o hábito de anotar na linha do tempo do Analytics os eventos que podem influenciar nas vendas, fica muito mais fácil entender as variações dos gráficos e determinar mudanças nas estratégias da loja.
Marque sempre que houverem promoções agressivas, inicio de campanhas em datas sazonais, problemas com ruptura de estoque, lançamento de um produto muito aguardado, etc.

5. Use UTMs

O uso das UTMs nos links das ações de marketing é muito importante pra que você consiga mensurar os resultados de forma muito mais simples. Nenhuma ação de marketing deve ser feita sem que os links que serão divulgados estejam tagueados com as UTMs que identificarão o buzz e as vendas que cada ação gerou.
Crie um padrão e passe a segui-lo para marcar toda campanha, tipo de mídia, data do envio, fonte, etc.

6. Teste A/B

Há algum tempo o Analytics absorveu alguns recursos para Teste A/B do extinto Google Website Optimizer fazendo com que configurar um teste seja bastante simples.
A grande vantagem é que você pode usar as metas que já tiverem sido cadastradas como parâmetro para definir o objetivo do teste, seja ele o clique em algum botão específico, a finalização do pedido ou simplesmente a redução do tempo do usuário na página.
Também é possível realizar testes multivariáveis pra testar diferentes estruturas da sua home ou de departamentos específicos, tudo pra que você tenha a certeza de qual é a melhor escolha de layout para a sua loja.

7. Análise de página

Há também um relatório bastante útil que simula um heatmap da página. O Analytics usa apenas os dados de navegação para indicar os links mais clicados diferentemente do heatmap, que usa coordenadas precisas pra definir o ponto exato do clique.
De qualquer forma, fica muito mais fácil entender visualmente quais áreas são as de maior interesse dos usuários e como otimizar o layout pra que aquele botão ou link específico receba mais destaque e consequentemente, mais cliques.

Seguindo essas 7 dicas básicas com certeza você conseguirá aproveitar muito mais os recursos que a ferramenta oferece!

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